Com intuito de promover o diálogo e a reflexão para ampliar o conhecimento dos profissionais quanto ao desenvolvimento da educação básica em Mato Grosso do Sul, o Conselho Municipal de Educação em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) promovem nesta sexta-feira (27), no campus da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), um encontro para debater sobre a Nova Base Nacional Comum Curricular e suas implicações para o trabalho docente.

A secretária municipal de Educação, Elza Fernandes, que participa do seminário, ressaltou a importância de valorizar os profissionais que estão na ponta do processo educacional para que a implementação da Base Nacional Comum Curricular obtenha sucesso.

“Temos uma grande missão, não apenas na elaboração de um currículo que atenda nossa realidade, mas também de fazer com que ele seja, de fato, aplicado em nossas unidades. Para isso temos que valorizar os professores, gestores e os profissionais que estão lá na ponta, na realidade das escolas. Precisamos contar com a participação deles. É necessário muito amor para a educação acontecer, por isso precisamos acreditar e querer o melhor nesse processo de implementação”, afirmou ela.

A secretária também acredita que uma formação atualizada e capacitações frequentes são essenciais neste processo que antecede a implementação. Por isso, a Semed tem investido em seus programas de formações continuadas em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) com o objetivo de deixar os profissionais da Rede Municipal de Ensino (Reme) atualizados e aptos a implantarem a BNCC em sala de aula.

Discussões

Convidada a ministrar palestra na noite dessa quinta-feira, a professora Valdete Coco, formada em Pedagogia pela Universidade Federal do Espírito Santo e doutorada em Educação pela Universidade Federal Fluminense, também enfatizou a necessidade de valorização dos professores.

“Quando falamos em defesa da Educação, falamos de outros elementos, como as condições de trabalho, instalações e reconhecimento. A qualidade da educação não passa apenas pelo processo entre professor e aluno. O processo de implementação da Base tem uma interação com esses profissionais”, destacou.

Nesse sentido, a professora frisou a necessidade de realizar constantes debates, fóruns e discussões sobre o tema. A BNCC não pode ser discutida como se as redes não tivessem seus currículos. Eles já existem e buscam atender a realidade local. Isso não pode ser esquecido”, pontuou.

Prevista no Plano Nacional de Educação, a BNCC irá definir o que de fato é importante no aprendizado dos alunos da Educação Básica. A Base será referência para os currículos de todas as redes públicas e particulares do país. O documento ainda está em análise pelo Conselho Nacional de Educação, mas deverá ser homologado pelo Ministério da Educação (MEC) ainda este ano.

A expectativa é que a Base Nacional ajude a superar a fragmentação das políticas educacionais, dando ênfase no fortalecimento do regime de colaboração entre as três esferas de governo. Além da garantia de acesso e permanência na escola, é necessário que sistemas, redes e escolas garantam um patamar comum de aprendizagens a todos os estudantes, o que se pretende alcançar com a implementação da BNCC.

A presidente do Conselho Municipal de Educação, Tânia Passos, enfatiza que a proposta do evento é reproduzir conhecimentos sobre a necessidade de elaboração de um currículo que problematize as diferenças e questões culturais.

“A Base deve nortear os currículos dos sistemas e redes de ensino, como também as propostas pedagógicas referentes à formação de professores, no entanto os currículos devem ser pautados no multiculturalismo”, disse Tânia Passos, que também destacou o trabalho da Semed em implantar políticas públicas que vão de encontro ás necessidades da Reme.

Via: CG Notícias