Projetos científicos de escolas da Reme ganham destaque na Fecintec
17:33 08/10/2019
Conhecida como uma das maiores feiras de Ciências e Tecnologia do Estado, voltada para estudantes dos níveis fundamental, médio e técnico integrado de nível médio, de escolas públicas e privadas, a edição da Fecintec deste ano destacou o trabalho apresentado por três escolas da Rede Municipal de Ensino (Reme).
As escolas municipais que se destacaram na Feira Científica foram a “Professor José de Souza”, com o projeto “Descarte da água residual em aparelhos de ar condicionado – possíveis danos, soluções sustentáveis com o projeto”; “Arnaldo Estevão de Figueiredo” com o projeto “Trilha ecológica como prática de educação ambiental” e “João Evangelista Vieira de Almeida”, com o projeto “Aprendendo o funcionamento de uma composteira e a implantação da horta escolar e seus resultados”.
Cada escola foi premiada em uma categoria diferente: “Professor José de Souza” e “Arnaldo Estevão de Figueiredo” ganharam na categoria de “Melhor Projeto Fundamental” e a escola João Evangelista Vieira de Almeida, na categoria Geral “Melhor Relatório”.
O projeto da escola “Professor José de Souza”, foi realizado pelos alunos Gisele Ortiz, Mariana Alves Caldo e Artur Santos Souza, sob a orientação do professor Diane Calado. Da escola Arnaldo, a vencedora foi a aluna Vitória dos Santos Valente, sob a orientação da professora Rosiane de Morais e o projeto da escola João Evangelista foi apresentado pelos alunos Ana Costa, Gabriel Mendes e Miguel Santana, sob a orientação das professoras Marisa Torres de Almeida e Patrícia Vasconcelos.
A Feira que os alunos da Rede Municipal participaram faz parte da programação da Semana de Ciência e Tecnologia e tem a intenção de buscar estimular projetos de pesquisa por estudantes dos níveis fundamental, médio e técnico integrado de nível médio, de escolas públicas e privadas.
Residual de ar condicionado
O projeto da Escola Prof. José de Souza foi desenvolvido com alunos do 6º ano, do período vespertino, através dos professores do laboratório de Ciências, que incentivaram os alunos por meio de pesquisas, a encontrarem as melhores soluções sustentáveis para o descarte da água dos aparelhos de ar condicionado.
“Ficamos muito realizados e queremos continuar com o projeto e com outros que temos em andamento na unidade. Para os alunos foi uma realização porque são crianças que
ficaram muito empolgadas. Quando o aluno é inserido em um trabalho de pesquisa ele passa a apresentar um perfil que se destaca”, pontuou o professor.
Composteira
O projeto da escola “João Evangelista” buscou a parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e teve início em 2018. A escola e a comunidade obtiveram resultados significativos em relação no aproveitamento dos resíduos orgânicos que transformaram em adubo orgânico e o chorume através do processo de compostagem.
A implantação da horta escolar teve a participação de funcionário de uma cooperativa que orientou os pais, alunos do 6º ao 9º anos e professores com as seguintes ações: preparo do solo, formação de canteiros, plantio, manutenção e a colheita. Na opinião da professora orientadora do trabalho, Marisa Torres de Almeida, a conquista do prêmio deve-se a maneira como os alunos explanaram sobre o tema.
“Eles atraíram os visitantes pela criatividade em relatar as experiências e ficamos muito felizes”, disse.
Trilha ecológica
O trabalho da escola agrícola, localizada na região das Três Barras, que conquistou o segundo lugar, surgiu a partir de atividades práticas do laboratório onde os alunos e professores buscaram reestruturar a trilha que já existia na unidade, trabalhando com sinalização, com identificação das árvores e das aves que habitam a reserva, unindo o pedagógico e a questão ambiental.
Os alunos fizeram o levantamento das aves em parceria com o instituto Arara Azul e, na sequência, a identificação de algumas árvores. O diferencial do projeto é que foi utilizado o QR code nas placas da trilha, obtendo informações sobre as aves e árvores.
A professora Rosiane comentou sobre a importância do projeto para a questão pedagógica e a relevância da pesquisa científica para os alunos. “Essa vivência deles estarem em contato com outros alunos que desenvolvem projetos de pesquisa, é muito importante. Incentivarmos essa alfabetização científica desde a educação básica, faz com que o aluno tenha um olhar diferenciado para sua realidade”, analisou.
Via CGNotícias
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