Professora da Reme recebe Prêmio Nacional por projeto de trânsito e vai para o Canadá
17:25 21/05/2019
A professora Eva Adriana Gomes Barbosa, da Escola Municipal Professor Alcídio Pimentel, está de malas prontas para o Canadá. Ela embarca na próxima quinta-feira para conhecer os projetos que o país desenvolver nas escolas canadenses e que visam a conscientização sobre um trânsito seguro.
A viagem é um prêmio por seu projeto ter sido classificado, ano passado, no prêmio “Professores do Brasil”, do Ministério da Educação. Na época, a professora atuava na Escola de Tempo Integral Ana Lucia de Oliveira Batista e teve seu trabalho destacado como o melhor do Estado e da região Centro-Oeste. O prêmio teve a proposta de reconhecer, divulgar e premiar o trabalho de professores de escolas públicas que contribuíram para melhoria do ensino e aprendizagem em sala de aula.
Com a premiação do ‘Professores do Brasil’, a professora foi até o estado do Rio de Janeiro, onde passou por troca de experiências, conhecendo projetos premiados pelo Brasil. Ao todo são 30 projetos premiados em categorias diferentes.
A premiação foi dividida em três categorias: categoria profissional da educação infantil; categoria profissional do ensino fundamental (1º ao 5º ano) e categoria estudante do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano).
No evento de premiação a professora foi selecionada entre quatro mil projetos de escolas públicas do país e, ganhou uma viagem para o Canadá. “Espero que a gente possa melhorar nossa prática no dia a dia. Estou bastante ansiosa. Isso agrega e traz novos conhecimentos”, comentou a professora Eva.
Projeto
O trabalho de Eva, que atua há mais de 20 anos, como professora, foi uma iniciativa de quando ela lecionava ainda na ETI Ana Lucia e surgiu por meio de campanhas de trânsito, como a do ‘Maio Amarelo’, promovidas em parceria com o Departamento de Trânsito – Detran e Agência Municipal de Trânsito – Agetran. Hoje a professora é coordenadora na Escola Municipal Professor Alcídio Pimentel.
A ação da professora foi realizada durante cinco meses, atendendo 125 crianças da educação infantil, juntamente com a comunidade escolar. Segundo Eva, o trabalho surgiu a partir de uma observação de posturas errôneas no trânsito por parte dos pais que levavam as crianças para a escola.
De acordo com a professora, na unidade escolar foram presenciadas várias situações de transporte e comportamento inadequado no trânsito, como crianças carregadas no guidão da bicicleta, no banco da frente do carro e sem cinto de segurança, trafegando sem assento adequado nos veículos e menores de sete anos sendo transportadas em motocicleta e sem capacete.
“Esta situação estava grave no contexto escolar, então as crianças começaram a questionar e aí partimos do seguinte problema: como conscientizar a família sobre a prática correta do transporte dessas crianças? A partir daí, aplicamos ações para primeiro mobilizar as crianças e depois os familiares”, explicou.
O trabalho foi desenvolvido, em um primeiro momento, de forma lúdica e interativa com as crianças e depois os familiares, buscando soluções para os problemas. “Houve uma mudança significativa na realidade daquela comunidade”, completou Eva.
A ação foi desenvolvida por meio de 42 atividades transversais, tanto em classe quanto extraclasse.
Resultado
Durante a realização do projeto a professora fez blitz educativa com os alunos na frente da escola entregando panfletos educativos fornecidos pela Agetran, juntamente com os agentes. Os alunos, de forma lúdica, como se fossem agentes de trânsito, assim que os pais chegavam e cometiam alguma infração, multavam. Para isso a professora elaborou um folheto com os pontos que os pais perdiam cometendo a infração.
“Os alunos falavam com os pais sobre a infração e abordavam os pontos perdidos e o valor da multa que teriam que pagar. Teve até pai que falou que nunca havia sido multado e naquele dia tinha sido multado por uma criança de cinco anos”, contou.
Com o projeto, a professora disse que obteve resultados positivos dentro da comunidade escolar. Segundo ela, os pais passaram a se auto fiscalizar e os seus filhos passaram a cobrar mais atitudes responsáveis no trânsito. Outro resultado foi o envolvimento da comunidade com palestras e assuntos do trânsito dentro da escola.
Via CGNotícias
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