Economia

Produtos natalinos ficam 2,6% mais baratos em Campo Grande

Agora News MS

17:28 20/12/2018

O levantamento mensal realizado pelo Núcleo de Pesquisas Econômicas (Nepes), nesta quinta-feira (20), nos principais supermercados de Campo Grande aponta que houve redução de  – 2,60%, nos produtros tradicionais que compõem a cesta natalina. 

A queda acontece pelo  2º ano consecutivo, já que no ano passado a retração foi de – 0,27%. Entre os produtos mais procurados no período estão: frutas, peru, bacalhau e panetone.

O coordenador do Nepes e pesquisador da Uniderp, Celso Correia de Souza, explica que a deflação já era esperada.

“A inflação acumulada de 2018 deve ficar dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5% e, no mês de novembro também houve deflação do índice de Preços ao Consumidor (-0,10%), o que indicou que o comportamento para o final do ano seria de taxas baixas, o que favoreceu também alguns produtos natalinos”, explica.

VARIAÇÃO POR SEGMENTO

Na avaliação por segmento, foram registrados aumentos em cinco grupos. Os frios e laticínios tiveram o maior índice de reajuste: 4,46%, motivado, principalmente, pela alta da muçarela (16,36%). Dentro do grupo tiveram acréscimos também o queijo minas (3.18%); queijo prato (2,75%) e leite integral (1,06%).

Diferente do ano passado, as aves apresentaram 2.59% de reajuste neste Natal, puxado pelos preços dos perus. Duas marcas tiveram elevações, uma de 23,40% e outra de 8,35%. Já o frango resfriado (kg) apresentou queda de -11,12%, e o chester -10.27%. Os refrigerantes também entraram para os grupos dos majorados e obtiveram alta de 2,38%, em média.

O tradicional churrasco de almoço natalino ficou levemente mais caro: 1,01%. A picanha aumentou 13,46%; a capa de contra-filé subiu 12,16%; e a linguiça toscana 9,64%. A linguiça de frango caiu -14.55%; o contra-filé reduziu -10,15%; e a alcatra -4.49%.

O grupo de hortifrútis aumentou 0,83% em relação a 2017. Majorações foram constatadas com tomate (112,41%), cebola (74,27), ameixa (34,88%), nectarina (21,30%), maça (16,86%), entre outras. Já as principais quedas ocorreram com: batata (-71, 72%), limão thaiti(-48,24%), banana nanica (-30,73%), alface crespa (-22,64%), laranja (-18,49%), entre outras.

ANÁLISE

O pesquisador detalhou os fatores que impactaram no aumento de preços dos hortifrutigranjeiros. “Esse grupo sofre muita influência de fatores climáticos e da sazonalidade da produção de verduras, frutas e legumes. Alguns desses produtos aumentam de preços aos términos das safras, outros diminuem de valor quando entram na colheita”.

Apesar das altas, outros cinco grupos tiveram deflações. Os panetones foram os principais, com queda de -11,21%, motivado por reduções de -20,04% e de -19,18% em duas marcas pesquisadas. A marca líder no mercado registrou aumento de 5, 59%.

As bebidas alcoólicas também caíram de valor: – 8,88%, em média. Entre as marcas de cerveja apuradas, uma das quedas mais expressivas foi de -9,13%. O espumante reduziu -26,63% e a cidra diminuiu -1,96%.

Os vinhos populares pesquisados seguiram o mesmo comportamento de baixa, com quedas de até -13,29%. Ainda houve declínio no preço do whisky: -13,28%.

A leitoa foi outro produto que obteve redução de valor, -8,34%. E, com a quarta menor deflação, aparece o grupo peixes, com decréscimo de -6,36%. O filé de Merluza ficou 6,47% mais em conta que em 2017 e o bacalhau baixou -6,26%.

“Com as diversas reduções de preços na alimentação, o campo-grandense tem a possibilidade de escolher produtos mais baratos para a ceia de Natal. Basta pesquisar”, conclui o coordenador do Núcleo de Pesquisas Econômicas (Nepes) da Uniderp, Celso Correia de Souza.

Via Correio do Estado.

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