PF e PM prendem seguranças de Pipito, número dois da milícia de Zinho
7:19 31/10/2023
Na casa de Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito, foram apreendidas armas, celulares e dinheiro.
Policiais federais e PMs da Corregedoria da corporação prenderam nesta sexta-feira (27) dois homens que faziam a segurança de Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito, apontado como o novo segundo homem da milícia de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho.
A ação foi realizada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e do Grupo de Investigações Sensíveis e Facções Criminosas da PF (GISE/RJ), além de policiais da 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar da PMERJ, dedicada à investigação de milícias.
Armas, dinheiro e itens de tropas especiais das polícias foram apreendidos — Foto: Reprodução
Os mandados de prisão foram obtidos após as investigações da Operação Dinastia, em 2022, contra integrantes da maior milícia do Rio. Foram emitidos 23 mandados de prisão temporária, inclusive contra o próprio Zinho e Pipito. Ambos seguem foragidos.
Foram apreendidas na casa de Pipito em Antares, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, 101 munições de calibre 5.56, seis carregadores de pistola e quatro carregadores de fuzil calibre 5.56; R$ 22 mil em espécie; nove cordões dourados, duas pulseiras douradas e um relógio de luxo; um par de algemas; dois celulares; dois cadernos de contabilidade; e uma bandoleira de fuzil.
Histórico
De acordo a polícia, Pipito entrou para a milícia em 2017, quando o grupo paramilitar era chefiado por Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes.
Ele já foi um dos homens de confiança de Wellington da Silva Braga, o Ecko, tio de Faustão, e chegou a ser preso em 2018 com duas pistolas em casa.
Na denúncia da Operação Dinastia, do Ministério Público e da Polícia Federal, Pipito era tratado como chefe da milícia na comunidade de Antares, em Santa Cruz.
A região é considerada estratégica pela milícia, e antes era dominada pelo Comando Vermelho. O tráfico de drogas, no entanto, continuou dando lucro para a milícia na região.
Em uma das mensagens interceptadas, Pipito aparece em conversas com um miliciano chamado Flex. No diálogo, ele pede auxílio para elaborar a escala das “guarnições” da milícia, responsáveis pelo patrulhamento da região de Antares.
Miliciano Pipito é preso pela Draco no Rio — Foto: Divulgação
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