Mapa publica Zoneamento Agrícola de Risco Climático para o cultivo do feijão em Mato Grosso do Sul
8:43 02/05/2020
Portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicada no Diário Oficial da União no último dia 22 de abril, traz o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para o cultivo do feijão em Mato Grosso do Sul. Presente atualmente em seis municípios do Estado, o plantio do grão é acompanhado pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
O estudo realizado conjuntamente com a Embrapa e que tem como objetivo minimizar perdas nas lavouras causadas por eventos climáticos adversos, indica a melhor época de plantio por município, tipo de solo e ciclos das cultivares. A observância desses indicativos é obrigatória para todos os agricultores que conduzem seus empreendimentos ao amparo das políticas públicas Federal.
Conforme dados do IBGE, em Mato Grosso do Sul o feijão – cultivado principalmente nos municípios de Bonito, Sidrolândia, Caarapó, Maracaju, Juti e Nova Andradina – ocupou em 2019 pouco mais de 22 mil hectares de área plantada, onde foram colhidos no total 24 mil toneladas. Para a safra 2020 a projeção é de que a área plantada chegue a 24 mil ha (produtividade média de 1.108 kg/ha).
Em média, no Brasil são cultivados pouco mais de 3 milhões de hectares e produzidas 2,9 milhões de toneladas anualmente.
Segundo o superintendente de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar, Rogerio Beretta, por ser extremamente sensível a geada o feijão se mostra uma alternativa interessante para quem trabalha com áreas irrigadas, e uma opção principalmente para 3ª safra. “Como o feijão é uma cultura de alto risco, o Zoneamento se faz fundamental para auxiliar que o produtor tenha menos perdas”, completou.
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ZARC
Uma das principais bases de informação para o planejamento da produção, o Zarc é executado pela Embrapa e parceiros há mais de 20 anos. Baseado em séries históricas, ele permite identificar as janelas de plantio em que há menor chance de frustração de safra devido a eventos climáticos adversos para mais de 40 culturas agrícolas e sistemas de produção, em todos os municípios do território nacional.
Lançado em 2019, o aplicativo móvel atende a um conjunto de ações da Secretaria de Política Agrícola do Mapa para a modernização do Zarc. Até então, as informações do zoneamento eram divulgadas somente por meio de tabelas publicadas em portarias do Diário Oficial da União ou no portal do Mapa. Com o aplicativo, a consulta passa a ser mais rápida e de fácil compreensão. O usuário seleciona quatro variáveis: município, tipo de solo, cultura e ciclo da planta. A partir daí, o sistema apresenta a época do ano mais indicada para a semeadura e as taxas associadas de risco de perdas – até 20%, 30% e 40%.
Além de trazer as informações do Zarc, o aplicativo contempla dados disponibilizados pelo sistema Agritempo e pela plataforma AgroAPI Embrapa, oferecendo análises mais detalhadas sobre as condições de armazenamento de água no solo a partir da data de semeadura informada pelo usuário. Também é possível visualizar os dados sobre precipitação, número de dias sem chuvas e as temperaturas mínima e máxima, por decêndios.
A cada ano, o Zarc passa por atualizações dos seus suportes tecnológicos e metodologias e realiza a inclusão de novos fatores de risco e culturas analisadas – um trabalho que envolve especialistas de todo o Brasil e uma equipe de processamento computacional e modelagem que viabiliza a geração das informações em larga escala.
A adoção do zoneamento no processo de contratação de seguro pelos produtores rurais visa a diminuir a exposição ao risco climático e minimizar prejuízos. Além de reduzir o risco, a ferramenta busca potencializar a produtividade e tem contribuído também para induzir a adoção de novas tecnologias e de melhores práticas agrícolas.
Dados de zoneamento de outros cultivares, para todos os Estados da Federação, podem ser obtidos no indicadores.agricultura.gov.br/zarc/index
Via Governo do Estado
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