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Giovanna Lancellotti: “Todas as mulheres deveriam ser feministas” – 11/12/22

Agora News MS

21:10 11/12/2022

Giovanna Lancellotti não tem vergonha de, como ela mesma diz, dar a cara e correr atrás. “A batalha nunca acaba”, explica a atriz de 29 anos, que aos 16 foi emancipada pelos pais para sair da pequena São João da Boa Vista, no interior de São Paulo, e estudar teatro na capital paulista. “Nunca tinha visto um metrô na minha frente. Minha mãe deixava comidinha congelada quando ia, mas eu tinha que botar o despertador, ir sozinha para o colegial e me virar”, lembra. A meta era o teatro e o cinema, e ela desencanava quando levava “nãos” na televisão. Mas continuava na luta. “Já mandei e-mail para diretor, já mandei e-mail para autor. Eu não tenho vergonha de ligar quando um projeto me interessa”, diz Giovanna, uma workaholic assumida, que soma quase 30 produções em uma década de carreira.

No próximo dia 17 ela estreia Nada é por Acaso, a primeira adaptação para o cinema de um livro de Zíbia Gasparetto, a escritora espírita que vendeu quase 20 milhões de livros. O tema é caro à Giovanna; ela e vários membros da família seguem a doutrina. “É uma religião que me acalma muito, que me tranquiliza o coração. É o lugar onde eu mais encontro paz, principalmente para lidar com perdas, decepções”, diz a atriz. Ela é uma pessoa de fé e “extremamente positiva”. Acredita no destino e nas voltas do mundo – Gabriel David, 23 anos, seu namorado, já era seu conhecido, mas a relação só começou tempos depois.

“Eu estava fugindo de relacionamento. Só comecei a namorar com ele porque eu me apaixonei. Nunca fui tão feliz numa relação. Nunca tive um diálogo tão franco com namorado”, assume a atriz que diz que eles moram juntos, mas sem assumir para eles mesmos. “Dá até uma tranquilidade, finalmente agora eu sei o que que é o amor. Parece que você enfim entende quando as pessoas falam que o amor é bom”, explica ela, que conta ter vivido relacionamentos abusivos e tóxicos. “No fundo você tem esperança de mudar, tenta mentir para si mesmo. Você acha que está ruim com a pessoa, mas que vai ficar pior sem ela. Só que sempre ficará melhor sem ela”, afirma.

Giovanna se considera feminista e é enfática ao dizer que todas as mulheres deveriam ser feministas. “É sobre coisas básicas, como o direito de escuta; é você ser escutada da mesma forma que um cara é escutado, sobre a sua palavra valer da mesma forma que a palavra de um homem”, desabafa. “As mulheres que não se intitulam feministas, porque acham que as feministas são exageradas, são ignorantes. Elas estão jogando contra elas”, aponta.

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