Dólar sobe e toca R$ 5,22 após dados de criação de empregos nos EUA
9:37 07/10/2023
Acompanhe ao vivo a movimentação da moeda norte-americana
O dólar, no mundo todo, opera sob pressão das perspectivas de juros nos Estados Unidos nesta sexta-feira (6). Aqui no Brasil, por volta das 11h, subia 0,85%, a R$ 5,2124. Na máxima, alcançada poucos minutos antes, foi a R$ 5,2207.
Os investidores reagem ao relatório de emprego nos Estados Unidos, conhecido como “payroll”, que veio bem mais forte que o esperado. O indicador de setembro apontou a criação de 336 mil postos de trabalho no mês, praticamente o dobro do que era esperado para o período (consenso: 170 mil). Sem sinais de alívio no aquecimento do mercado de trabalho por lá, as expectativas por ao menos mais uma alta nos juros americanos se consolida, penalizando bolsa brasileira e o dólar por aqui.
A perspectiva de juros mais altos nos Estados Unidos vai colocando em rali os títulos de longo prazo por lá. E, a reboque, dólares espalhados pelo mundo vão sendo atraídos de volta pelo Tesouro americano. Ao ficarem mais escassos nos demais países, ficam mais caros nas respectivas moedas.
Siga o Valor Investe:
A resiliência do emprego por lá segure outra, a da inflação. Embora os juros americanos já tenham subido ao maior nível em 22 anos, de 5,50% ao ano, seguem sobrando vagas para o número de trabalhadores. Como salário é preço, eles se aquecem e, a reboque, a inflação acaba sendo retroalimentada. A tendência, portanto, é que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) se veja obrigado a apertar ainda mais a sua política monetária.
Ontem (5), o dólar fechou em alta de 0,32%, a R$ 5,17, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,1502 e tocado a máxima de R$ 5,1881.
Comente esta notícia
compartilhar