Doenças respiratórias seguem em alta e Campo Grande soma 132 mortes em 2024
9:45 10/06/2024
Apesar de altos, os números ainda estão abaixo do registrado no mesmo período do ano passado
O número de doenças respiratórias segue crescente em Campo Grande, bem como o de mortes. A capital soma 132 mortes neste ano por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), sendo seis só na última semana.
Os dados da Sesau (Secretaria de Saúde) de Campo Grande, mostram que a média de casos e mortes segue alta. Na semana passada, as doenças respiratórias mataram 5 idosos e um jovem entre 10 e 19 anos. Na semana anterior, morreram dois bebês com menos de um ano, duas pessoas entre 40 e 49 anos e cinco idosos.
No ano, as doenças respiratórias mataram 85 idosos, 7 crianças até 9 anos e 40 pessoas entre 10 e 59 anos, em Campo Grande. Apesar de altos, os números ainda estão abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.
Até a semana 23 foram 1.728 casos este ano, número menor do que os 1.801 registrados no mesmo período de 2023. Em relação às mortes foram 132 este ano, 50 a menos que as 182 registradas até junho do ano passado.
Campo Grande em emergência de saúde
A prefeitura de Campo Grande terminou o mês de abril com um decreto de emergência em saúde devido ao aumento das síndromes respiratórias em crianças e adultos. Na época, prometeu a abertura de 10 novos leitos na Santa Casa, mas, passado um mês, nenhum leito novo foi aberto.
Além disso, o Governo Federal também não reconheceu a situação de emergência em saúde descrita pela prefeitura de Campo Grande. O reconhecimento da União é essencial para a liberação de recursos emergenciais para ações específicas, como compras e contratações de pessoal.
Médico e ex-secretário-adjunto de Campo Grande, o vereador Victor Rocha explica que são necessários embasamentos técnicos que justifiquem o decreto de emergência e sem o reconhecimento da União, o município não recebe recursos para ações.
“No outono é comum esse aumento sazonal, mas esse decreto não reconhecido mostra despreparo do município. Além disso, em um mês a gente não viu nenhuma ação efetiva diante da alta de casos”, afirma.
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