Crescimento sustentável do PIB depende de reformas, diz ministério
9:46 01/03/2019
Somente a realização de reformas estruturais, das quais a principal é a da Previdência, conseguirá fazer a economia crescer mais e de maneira sustentável nos próximos anos. A conclusão é de documento da Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Economia, que divulgou relatório nesta quinta-feira (28) sobre o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) entre os anos 1980 e a década atual.
“Para que o PIB per capita volte a crescer de maneira sustentável, é necessário que as reformas estruturais ocorram. A nova Previdência é condição necessária para o equilíbrio fiscal de longo prazo da economia, melhorando o ambiente de investimento e evitando uma nova década perdida”, destacou o documento.
Nesta quinta-feira (28), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o PIB cresceu 1,1% em 2018, no mesmo ritmo do crescimento de 2017. A expansão foi afetada pela greve dos caminhoneiros e pelas incertezas eleitorais e pelo agravamento das tensões internacionais ao longo do ano passado.
Segundo a secretaria, o crescimento dos gastos públicos nos últimos anos e o desafio crescente para reequilibrar as contas do governo impactaram as decisões sobre consumo e investimento. Para a secretaria, as crises fiscal e política, que se agravaram a partir de 2015, estão fazendo o país atravessar uma “década perdida”, como foram os anos 1980.
De acordo com a SPE, as reformas estruturais que contenham o crescimento dos gastos públicos destravarão a economia ao criarem um círculo virtuoso pelo qual os juros cairão, estimulando a produção, o investimento e o consumo. A expansão da economia aumentará a criação de empregos, a renda e a arrecadação de tributos, melhorando a situação das contas do governo e contendo o crescimento da dívida pública.
“A aprovação da nova Previdência torna-se fundamental para a retomada do crescimento não apenas de longo prazo, como também dos próximos anos, uma vez que a trajetória esperada da dívida afeta o prêmio de risco de hoje, e com isso a taxa de juros, e, logo o crescimento atual”, ressaltou o relatório.
Via Agência Brasil
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