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Com 75 casos só este ano na capital, tuberculose ainda preocupa e exige cuidados

Agora News MS

9:53 28/03/2018

De janeiro até o dia até o dia 13 de março, 75 pessoas foram diagnosticadas com tuberculose em Campo Grande, de acordo com informações da coordenadoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU). Os números chamam a atenção e reacedem um alerta em relação à necessidade do diagnóstico precoce da doença.

Durante esta semana, todas as unidades de saúde da Capital estão reforçando as orientações sobre a doença e distribuindo materiais educativos, além de ampliando a oferta de exames para o diagnóstico da doença.

Nesta terça-feira (27) foi realizado o Dia D em alusão a Semana Mundial de Combate à Tuberculose, no CRAS Hercules Mandetta, localizado no Jardim Novos Estados, com a participação de cerca de 60 idosos que, inclusive, são mais suscetíveis a doença. A ação teve o apoio dos técnicos do Programa Municipal de Controle da Tuberculose e das equipes da Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Nova Bahia.

“Queremos informar à população sobre os sintomas e o tratamento, porque muitas pessoas ainda desconhecem a doença e até não sabem que a tem, que não é somente uma leve tosse. Então devem procurar as unidades de saúde para fazer o exame e detectar o mais rápido possível”, destacou a superintende de Vigilância em Saúde da SESAU, Eliana Dalla Nora.

A gerente técnica do Programa de Tubeculose e Hanseniase da SESAU, enfermeira Vanessa Aquino, reforça que, embora a tuberculose seja uma doença antiga, nos dias atuais a sua transmissão ainda se faz presente.

“Contudo é uma doença que tem cura desde que tratada adequadamente por um período mínimo de seis meses e que o tratamento não deve ser abandonado mesmo com o desaparecimento dos sintomas”, finaliza.

Se houver o diagnóstico da doença há um tratamento, que dura no mínimo seis meses, e deve ser feito até o final, mesmo após a extinção dos sintomas. “A partir do 15º dia, a pessoa já deixa de transmitir o bacilo, o que é importante para evitar infectar familiares e pessoas com quem convive”, alerta.

No caso de sintomas como tosse com catarro, febre e emagrecimento repentino, é aconselhável procurar uma unidade de saúde para fazer exames. O tratamento é gratuito, dura seis meses e deve ser feito sem interrupções para atingir a cura. A tuberculose não é transmitida por objetos compartilhados, como copos, talheres e pratos.

Dados epidemiológicos

Conforme dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no ano de 2017 foram notificados 297 casos novos da doença e no ano de 2016, 306. Somente nos três primeiros meses deste ano já foram registrados 75 casos da doença.

Toda população é passível de contrair a tuberculose, porém algumas populações estão mais vulneráveis a doença, tais como: população em situação rua, pessoas usuárias de drogas, pessoas que vivem em grande aglomerados, asilados e albergados, pessoas as quais vivem em situação de maior vulnerabilidade e exclusão social devido as condições desfavoráveis de moradia e alimentação e até mesmo os profissionais de saúde. Neste sentido, em relação aos moradores de rua, estes são atingidos pela doença 67 vezes mais devido as suas condições de vida.

O que é a Tuberculose?

A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK) que afeta principalmente os pulmões, mas, também pode ocorrer em outros órgãos do corpo.

Sinais e Sintomas: tosse por duas ou mais semanas, com ou sem catarro, cansaço, emagrecimento, febre (vespertina) e suor noturno. É importante que ao perceber alguns destes sinais e sintomas, o paciente procure o serviço de saúde mais próximo de sua casa para coleta do exame de escarro, que pode ser feita no momento da consulta.

Transmissão: é transmitida de pessoa para pessoa. Ao espirrar ou tossir, o doente sem tratamento expele as bactérias nas pequenas gotas de saliva que podem ser aspiradas por outra pessoa, contaminando-a.

Diagnóstico: baseado na busca ativa de casos de pessoas com tosse há mais de 15 dias, sendo ofertado avaliação clínica, exame de escarro e raio x nas unidades de saúde.

Tratamento: é ofertado integralmente pelo SUS em todas as Unidades de Saúde, tendo a duração de seis a nove meses, devendo o paciente ser acompanhado continuamente até a cura com o objetivo de interromper a cadeia de transmissão e evitar possíveis adoecimentos. Vale lembrar que após iniciado o tratamento, as pessoas podem levar uma vida normal no trabalho, na família e na sociedade.

Via CGNotícias

 

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