Polícia

Americanas: ex-diretora procurada pela PF saiu do Brasil no dia 15

Agora News MS

7:18 26/06/2024

Anna Saicali, que teve ordem de prisão decretada hoje, está em Portugal

A ex-diretora da Americanas Anna Christina Ramos Saicalli, que teve ordem de prisão decretada pela Justiça nesta quinta-feira (27), deixou o Brasil no último dia 15 rumo a Portugal. Ainda não se sabe se ela soube com antecedência da operação que a Polícia Federal que, além de buscar prendê-la, também faz busca e apreensão em outros 15 alvos no Rio de Janeiro.

Anna e o ex-CEO Miguel Gutierrez, que está na Espanha há um ano, são apontados pelas investigações como principais responsáveis pelas fraudes que encobriram o rombo de R$ 25,7 bilhões no balanço da varejista, revelado em janeiro do ano passado pela empresa após uma troca de comando.

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Avião será vendido pela Americanas para ajudar no plano de recuperação judicial do grupo

Jato executivo Embraer Phenom 300 de 2014, modelo que será vendido pela Americanas para ajudar no plano de recuperação judicial do grupo — Foto: Divulgação/CFSJETS
Phenom 300, da Embraer, modelo 2014 — Foto: Divulgação/CFSJETS

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Jato executivo Embraer Phenom 300 de 2014, modelo que será vendido pela Americanas para ajudar no plano de recuperação judicial do grupo — Foto: Divulgação/CFSJETS

O jato executivo Phenom 300, da Embraer, foi fabricado em 2014

Como nem Anna Saicali nem Gutierrez estão no Brasil, os dois serão incluídos agora na lista de procurados da Interpol. Fontes envolvidas na investigação confirmaram à equipe do blog que a executiva está em Portugal, mas não tem cidadania portuguesa e está no país europeu com um visto de trabalho.

‘Uma das principais responsáveis’

Saicali estava na Americanas desde 2013, onde atuou como diretora de 2013 a 2018, e presidiu a B2W, o braço de varejo digital do grupo, entre 2018 e 2021. Também foi CEO da AME, a plataforma fintech da Americanas, de 2021 a 2023.

Para os investigadores, ela é “uma das principais responsáveis pela fraude”. No documento do Ministério Público Federal que baseou a decisão da Justiça de mandar prendê-la constam e-mails e mensagens que ela recebia com as diversas versões do orçamento da companhia.

Ainda segundo o relatório do MPF, a executiva tinha “ciência inequívoca da construção de resultados fraudulentos pela empresa B2W”.

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