Polícia

Juiz ouve por videoconferência vítima que mora na Argentina

Agora News MS

12:38 03/04/2018

Na tarde desta segunda-feira (2), o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Carlos Alberto Garcete de Almeida, usou dos recursos da tecnologia para ouvir a vítima de um processo de tentativa de homicídio ocorrida na Capital, mas que atualmente reside em Buenos Aires, na Argentina. O crime ocorreu no dia 25 de março de 2015, no Residencial Mário Covas.

C.F.M. prestou seu depoimento por meio de videoconferência. Ele narrou que no dia dos fatos estava caminhando para casa, após ter passado em uma conveniência próxima onde costumava beber, quando avistou o réu próximo da esquina, o qual apontou a arma em sua direção e realizou um disparo sem um motivo aparente para tal.

O tiro atingiu a boca da vítima e o projétil permanece até hoje alojado próximo de sua nuca. Ele conta que, após o ocorrido, sofreu diversas ameaças, razão pela qual atendeu o pedido de sua mãe, que já reside na Argentina, e se mudou para o país vizinho.

Indagado tanto pelo juiz, quanto pela defesa e acusação, ele sustentou que não tinha qualquer desavença com o réu, apenas o conhecia de vista. Ressaltou que, no dia dos fatos, transitava pela rua quando o réu, distante uns cinco metros, anunciou que a vítima iria morrer e efetuou o disparo, fugindo logo após.

A audiência foi realizada com a participação da promotora de justiça Lívia Carla Bariani e do defensor público Gustavo Pinheiro. O depoimento foi gravado e será anexado aos autos, nos mesmos moldes que ocorre nas audiências presenciais.

A videoconferência utilizou um site que facilitou a comunicação entre o juiz, defensor e promotora, que estavam na sala de audiência no Fórum de Campo Grande, com a vítima, que estava em sua residência, na Argentina. Hoje, aliás, as facilidades da tecnologia permitem que os depoimentos sejam colhidos até mesmo utilizando um aparelho celular.

Sem grandes formalidades, o primeiro contato com a vítima se deu fazendo uso do aplicativo Whatsapp, que prontamente atendeu ao pedido do magistrado para realizar a videoconferência utilizando um site que oferece a plataforma gratuita para realizar a conexão. Assim, mais uma etapa processual se encerra garantindo agilidade em um depoimento internacional de forma eficiente e sem custos para os cofres públicos.

O réu do processo,  A.M.N., está foragido.

Via: TJMS

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