Maior avião do mundo: conheça o Windrunner, do tamanho de um campo de futebol e promessa de revolução eólica
14:08 21/03/2024
Uma startup americana projetou a aeronave para transportar pás gigantes de turbinas e facilitar a construção de parques eólicos
Por La Nacion — Buenos Aires
21/03/2024 04h00 Atualizado há uma hora
Dentro do panorama de mudanças propostas na nova era dos transportes, a aviação é um dos setores que enfrenta o maior desafio. Não só pela porcentagem de poluição que essa indústria representa na escala global de emissões de dióxido de carbono, mas também pelo tamanho das aeronaves.
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O destaque, desta quinta-feira, está na Radia, nova empresa de energia americana que apresentou planos para construir o maior avião cargueiro do mundo, cuja finalidade seria exclusivamente transportar pás gigantes de turbinas eólicas para acelerar a transição energética.https://6c20b694e11fc5f8987f4c673a05b05b.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-40/html/container.html
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À frente do projeto está Mark Lundststrom, cientista de foguetes formado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) que, em 2016, fundou a Radia com o objetivo de aplicar soluções aeroespaciais à expansão da energia eólica, tema em que a logística de transporte é o principal obstáculo.
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Conforme contou ao Wall Street Journal, ele e sua equipe de engenheiros passaram os últimos sete anos trabalhando e aperfeiçoando o projeto do navio, batizado de “Windrunner”.
A aeronave tem comprimento de 108 metros, altura de 24 metros e envergadura de 80 metros, com capacidade de carga de 80 toneladas. Ou seja, é do tamanho de um campo de futebol, quase 25 metros mais longo que o maior avião militar existente e maior que um Boeing 747.
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Se tudo der certo, está será a maior aeronave do mundo pelas suas dimensões e volume de carga. Será necessária uma pista de 1.800 metros de comprimento para pousá-lo.
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A empresa, sediada em Boulder, Colorado, explica que o objetivo do desenvolvimento da aeronave é diminuir a lacuna logística que atualmente impede a expansão da energia eólica. O transporte de grandes pás de turbinas eólicas é crucial para a construção de parques eólicos de maior alcance, uma vez que o tamanho das pás torna as turbinas mais potentes e eficientes.
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Pás de grandes proporções, como as que medem 70 metros, costumam ser instaladas apenas em alto mar, devido às restrições de infraestrutura ferroviária e rodoviária (como pontes, túneis e curvas). Essas limitações impedem o transporte por via terrestre dessas peças.https://6c20b694e11fc5f8987f4c673a05b05b.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-40/html/container.html
Mesmo assim, tanto a instalação como a manutenção no terreno — especialmente quando se tratam de desertos e terrenos baldios — são exponencialmente mais simples e mais baratas do que num ambiente marinho.
A empresa de Lundstrom dispõe de US$ 104 milhões para desenvolver o projeto, segundo noticiou o Wall Street Journal, e, segundo dados do PitchBook, já atingiu uma avaliação de US$ 1 bilhão. Os apoiadores incluem a gigante do petróleo e empresas de capital de risco como Caruso Ventures, Capital Factory e Good Growth Capital.
Os funcionários e consultores da Radia incluem executivos atuais e antigos da Administração Federal de Aviação, da Boeing, de serviços públicos e de desenvolvedores de energia renovável.
Radia estima que a implementação em larga escala de turbinas eólicas poderia reduzir o custo da energia em até 35% e aumentar a consistência da geração de energia em 20%, em comparação com as atuais turbinas terrestres.
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Em termos de tempo, Lundstrom prevê que a instalação das gigantescas pás da turbina poderá se tornar realidade em quatro anos.
Lundstrom especificou que, para a ideia ser rentável, cada projeto realizado pela Radia resultaria idealmente na instalação de 25 turbinas em terra. Assim, produziriam aproximadamente o dobro da energia que atuais instalações terrestres atuais. O resultado seriam parques cerca de 90 metros mais altos que a média atual.
— Pás maiores fixadas em torres mais altas tornariam a energia eólica mais competitiva em todos os lugares, tornando mais áreas viáveis para o desenvolvimento eólico —, disse Jesse Jenkins, professor da Universidade de Princeton que conduziu um estudo para a Radia como consultor.
Jenkins, no entanto, também sugere que mais tamanho e altura equivalem a maior visibilidade e que, consequentemente, isso poderia gerar mais oposição aos projetos entre as comunidades. “A maior incógnita é a licença social e a aceitabilidade social ”, disse o acadêmico.
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