Gata da raça Bengal, avaliada em R$ 7 mil, é confundida com jaguatirica e solta por bombeiros em mata de BH
17:01 10/01/2023
O animal de estimação estava perto do elevador, no andar onde o tutor dele mora. Ele disse que tem feito, sozinho, buscas na mata.
Nesta terça-feira (10), o Corpo de Bombeiros foi acionado por um condomínio do bairro Belvedere, na região nobre de Belo Horizonte, para retirar uma “pequena onça”, do local. Uma rede foi usada para capturar o animal, semelhante a uma jaguatirica. Em seguida, a “onça” foi “libertada” em uma mata próxima.
Porém, trata-se de uma gata da raça Bengal, também conhecida como gata-de-bengala, avaliada em R$ 7 mil.
“Eu disse que eles não podiam fazer isso. Eles não têm essa capacidade técnica e, mesmo supondo que é um animal silvestre precisam fazer uma triagem. Eles soltaram a gata na mata, eu já liguei pedindo ajudar nas buscas e eles não vem”, afirmou o veterinário e ator, Rodrigo Cali, tutor de Massinha, nome da gata.
Ele falou que acordou às 7h da manhã com mensagens de moradores no grupo do condomínio dizendo que havia uma “onça” próximo ao elevador do andar onde mora.
Moradores do prédio registraram o momento que o animal é capturado pelos bombeiros — Foto: Redes Sociais / Reprodução
O veterinário deu falta do animal no apartamento e, ao chegar à portaria, foi informado que os bombeiros estiveram no local e soltaram o animal em uma mata da região.
Gata de estimação da raça Bengal — Foto: Redes Sociais / Reprodução
Segundo o tutor, a gata é um animal de estimação com 7 meses de idade e muito dócil.
Os bombeiros disseram que moradores do condomínio acionaram a corporação informando que “o animal estava solto, vagando pelo local há cerca de dois dias, agressivo, sem sinais ou evidências de que poderia ser doméstico e/ou estimação”.
Os militares falaram ainda que os moradores se sentiram ameaçados pelo “risco de possível ataque do felino”.
“O animal foi capturado de forma segura e solto em local mais afastado de tal perímetro urbanizado conforme o protocolo padrão para ocorrências envolvendo animais silvestres. Ainda de acordo com os bombeiros, não havia coleira ou outra identificação visível”, disse a corporação em nota.
Calil falou que fez buscas na mata sozinho, na tentativa de achar Massinha. O animal tem microchip de identificação.
Reproduzir vídeoReproduzir–:–/–:–Silenciar somTela cheia
Morador do Belvedere procura por gata-de-bengala solta na mata
Os bombeiros disseram que voltaram ao local para tentar encontrar a gata, mas, até a conclusão da reportagem, não tinha sido encontrada.
Veja na íntegra o que diz o Corpo de Bombeiros sobre a ocorrência:
“Na madrugada de hoje (10), fomos acionados para captura de um filhote de onça.
Segundo informações dos solicitantes, o animal estava a cerca de 2 dias, próximo a um playground na área do condomínio, muito agressivo e acuado.
A guarnição de bombeiros esteve no local com intuito de eliminar o risco aos moradores que se sentiram ameaçados de um possível ataque do felino.
Chegando no local a guarnição identificou que não se tratava de uma onça, mas de um gato (aparentemente gato-do-mato).
Após análise da situação, os militares utilizaram técnicas e equipamentos adequados, que possibilitaram a captura segura do animal. Durante seu o manejo, não foi verificada nenhuma identificação do tutor visível por coleira ou outro dispositivo.
Por não se tratar de onça, os militares buscaram informações com os vigilantes do condomínio, se haviam recebido alguma denúncia de animal perdido. Eles relataram que o referido animal não era de nenhum morador do local.
Após capturado em segurança e ileso, uma vez que não apresentava ferimentos e estava aparentemente saudável, e por apresentar características de animal doméstico foi solto em local mais afastado fora do condomínio em uma área de mata, conforme o protocolo padrão.
Após o término da ocorrência, uma pessoa alegando ser o tutor do animal, fez contato via COBOM (193), para saber o paradeiro do animal que havia fugido de casa segundo o mesmo.
A guarnição acolheu o pedido e retornou ao local para tentar ajudar o tutor a localizar seu animal, não obtendo êxito.
Destacamos que a atuação do CBMMG se deu em conformidade com todos os protocolos operacionais vigentes e ainda de acordo com as informações averiguadas no local e trazidas pelas testemunhas.”
Comente esta notícia
compartilhar