Casal carbonizado em ‘micro-ondas’: Operação prende 3 e cumpre mandados em Campo Grande
8:22 25/11/2021
Várias testemunhas foram levadas para a delegacia
Uma operação da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios), junto à Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) e ao Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), prendeu, na manhã desta quarta-feira (24), três pessoas em Campo Grande, em investigação sobre o assassinato do casal Priscila Gonçalves Alves e seu marido Pedro Vilha Alta, mortos no da 15 de agosto deste ano.
São cinco mandados de busca e apreensão cumpridos nos bairros Vivendas do Parque e Panorama. Duas pessoas foram presas por força de mandados de prisão temporária e uma terceira por tentar roubar a arma de um policial durante a abordagem.
Cerca de 11 testemunhas foram levadas para a delegacia para prestarem esclarecimentos sobre o assassinato do casal.
Desaparecimento e ‘micro-ondas’
O casal desapareceu por volta das 2 horas da madrugada do dia 15 de agosto, quando saíram de casa jogando as chaves por debaixo da porta. No registro da ocorrência por desaparecimento, familiares informaram que eles eram dependentes químicos e que tinham problemas com traficantes da região, que não gostavam deles, mas que não estariam envolvidos com facção criminosa.
Ainda segundo o registro, o casal não trabalhava e recebia ajuda do governo. Pedro usava tornozeleira eletrônica. Mesmo afirmando que não sabiam de participação dos dois com facções, familiares disseram que eles poderiam ter se envolvido de alguma forma com facções criminosas. O casal deixa duas filhas.
O crime
Na época, o delegado Nilson Friedrich, da 4ª Delegacia de Polícia Civil, que atendeu o local do crime, disse que o modo que os corpos foram encontrados esquartejados, sem cabeças e dispostos em sacos de lixo e espalhados pela região, é o mesmo como operam facções criminosas. Um dos corpos foi encontrado envolto em pneus queimados, em uma execução conhecida como ‘micro-ondas’, quando a pessoa é queimada dessa forma.
Os cortes nos corpos foram feitos com faca, mas nenhuma arma foi encontrada no local. A mão da mulher estava quase intacta, o que facilitou a identificação. Para a polícia, a suspeita é de que o incêndio, que teria começado no domingo (15), foi criminoso.
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